domingo, 18 de março de 2007

Amor inventado

Vou inventar um amor pra mim.
Um brinquedo que se tira do baú.
Amor sereno, serelepe e serenata...
Eletrônico, plug and play!
Vou deixar que me prometa um conto de fadas.
Não aconteceu? Tudo bem! Fui eu que inventei...
Um acessório palpável. Amor sólido.
Mas que pode virar liquido ou até evaporar.

Invento assim um amor eterno.
Pois em cada momento ele se reinventa.
Um dispositivo perfeito, não dá a mínima para o futuro.
Seu propósito de existir é ser presente. É um ótimo presente!
Vem com um saco plástico para dúvidas, culpas e anemias.
Amor moderno é assim, dispensa tudo que é descartável.
Auto-limpante, auto-programável, automóvel.
Vai direto ao ponto. E ponto final.