domingo, 18 de março de 2007

A máquina

Há um quarto isolado num canto da minha mente
Com paredes pintadas em variações de vermelho
Não tem espelho mas eu vejo tudo que imagino
Um som agudo de flores cantando em torno de você

Há um telescópio suspenso no fundo do meu olho
Cheio de imagens distorcidas com pedaços teus
Vejo no horizonte uma linha que sobe sem parar
São anos-luz que viraram luz há muitos anos.

Há uma máquina inventada para remover o amor
Cheia de dispositivos distorcidos e fios sobrecarregados
Mesmo ligada e bem iluminada, está cheia de sombras
E ninguém sabe pra onde ela envia toda a substância . .