domingo, 18 de março de 2007

Intimidade

Quando você estiver insegura meu amor, pode repartir comigo. Nosso amor é real, e, como toda grande realização, vai enfrentar dificuldades aqui e ali. Mais do que palavras, esse amor é grande até pra ser entendido.
Se alguma dúvida te consumir, me consulte. Talvez eu não tenha nada pra te dizer. Talvez não saiba nada de nada, mas ouço com amor. Posso te dizer coisas que não queira ouvir. Coisas que só o melhor amigo pode nos dizer sem ferir suscetibilidades.
Quando a fraqueza te pega de surpresa lembre-se: dentro de nós há uma bomba que pode não explodir nunca, mas temos a energia armazenada. O sol nos aquece pouco a pouco e nunca deixa de ser o astro rei.
E se a chantagem lhe acena com a mão, chegou a hora de quebrar o vidro. Tem sempre gente querendo ver o circo afundar. De boas intenções você sabe, o armário está cheio.
Às vezes nossa mente possessiva nos tranca dentro de nós mesmos. Não deixe acontecer. Creia em nossa parceria. Ela é uma dentre muitas salas em nossa biblioteca de amor. É tão gostoso o nosso entendimento!
E se você não souber o que fazer? Não faça nada! Colocamos uma música assim, francesa ou celta pra ouvir. Calmante. Você deita a cabeça no meu colo e espera chegar à hora de fazer alguma coisa...
Você lembra como era a sua vida antes de nos conhecermos? Eu lembro da minha. Uma lembrança desbotada na memória. Não que eu tenha memória falha. Minha vida é que era sem brilho. E o que não brilha e não ilumina, esquecemos fácil.
Depois que nos conhecemos muitos porões se iluminaram. Muita coisa nasceu e esta nascendo e crescendo. Eu gosto disso. Faz-me sentir como Deus. Criando e observando o amor se desenrolar, desabrochar.
Eu sou aquele pingüim que no meio da multidão te viu sozinha e se maravilhou. O beija-flor que voa ao teu lado escolhendo um novo buquê. Uma gota do oceano que foi levada justamente à sua praia. Nós somos perfeitos, assim como nosso amor.